Planta
Perfil
Corte
Alçado
Professores: Arquitecto António Belém Lima
Arquitecto Miguel Correia
Arquitecto Carlos Figueiredo
Memória Descritiva
Ao visitar o terreno, apercebi-me de uma quantidade infinita de sons e movimentos, e é nesses momentos que o meu conceito se baseia. Captar, focar todos os momentos que fazem parte dos diferentes tipos de paisagens existentes no terreno e na envolvente.
O edifício que criei tem a forma de “T”.
Do lado do rio, encontra-se o Clube de canoagem, para que haja maior facilidade no acesso ao Rio Mondego, e para que foque o momento do Rio, os sons e os movimentos da água.
Do lado oposto, encontram-se os balneários e as salas, que captam uma paisagem muito ampla, onde os sons dos pássaros são tão importantes como o movimento das folhas e vice-versa.
E por fim no meio, situa-se a piscina, que visa focar a Universidade Vasco da Gama, pelo seu valor Histórico e pelo seu valor enquanto momento daquela paisagem.
No encontro do corpo dos balneários e das salas com o volume das piscinas forma-se um espaço privado que garante a qualidade dos dois espaços referidos anteriormente, criando um ponto de encontro de todos os tipos de momentos existentes, ou seja, deste espaço é visível todos os momentos da paisagem.
O percurso nasceu com o intuito de ser o mais directo possível, de fazer parte do edifício e de não se tornar muito monótono. Quando falo em monotonia, refiro-me ao facto de quando alguém chega a um espaço e consegue visualizar tudo de imediato, não era isto que pretendia, mas sim á medida que as pessoas fossem chegando ao terreno e ao edifício fossem descobrindo os espaços e as sensações. Fui mostrando e escondendo a paisagem.
O acesso ao equipamento é feito de carro ou a pé, sendo que de carro é apenas até ao estacionamento, á excepção de ambulâncias ou de bombeiros, que o podem fazer utilizando o caminho pedonal.
O Caminho pedonal rompe o edifício entre o volume das piscinas e o Clube de Canoagem.
O momento de entrada do edifício é sinalizado por fachadas desprovidas de vãos tendo a mesma textura.
Antes de chegar á entrada existe uma praça, com o motivo de provocar o convívio entre as pessoas, podendo ser utilizada para outras actividades assim como o espaço privado criado pelos dois volumes, como já referi anteriormente.
A entrada no edifício é feita por um átrio amplo, encontrando-se ao lado do bar. Ambos com visualização directa para a piscina, sendo que o bar tem ainda acesso visual ao clube de Canoagem e ao Rio Mondego.
Do lado esquerdo da entrada situa-se um corredor que permite o acesso, primeiro aos balneários e depois às salas de dança e fitness.
Para chegar às piscinas é obrigatório entrar nos balneários, pois, os balneários tem momentos que antecedem a vivência de um determinado espaço, neste caso as piscinas. Outra razão para este acontecimento é o facto de proporcionar um espaço isolado entre os balneários e as piscinas, um corredor. Um corredor ecoando os sons da água, os cheiros, as texturas e as cores características.
No que diz respeito às salas, o corredor torna-se mais largo para proporcionar momentos de convívio.
O espaço privado criado pelos dois volumes, permitem que no verão as pessoas vivam mais este espaço utilizando-o simultaneamente ás piscinas e às salas.
O clube de Canoagem é constituído por balneários, espaço para os barcos e um bar com vista para o Rio, para a Universidade Vasco da Gama e para o espaço dos barcos.
O Clube divide os seus espaços através de um corredor. De um lado o bar e do outro os balneários e o espaço para os barcos. Este corredor permite às pessoas que estão no bar da piscina terem acesso visual ao Rio. A fachada do bar do Clube que está virada para o bar das piscinas tem apenas um rasgo, por dois motivos. Primeiro para que as pessoas identificarem o bar e segundo para não desviar a atenção visual das pessoas do Rio.
E finalmente, a Ponte. O percurso pedonal culmina na ponte, simples e directa.
Em relação aos materiais, todo o edifício excepto o volume das piscinas, é feito em betão revestido por placas de ardósia verde. O volume das piscinas é feito em vidro, fixado e suportado por pilares de madeira em toda a volta. A cobertura é também em madeira.
No átrio, uma parte da administração, no corredor que nos conduz aos balneários e às salas, o piso é em ardósia verde. Os bares, a sala de dança e uma parte da administração o piso é em madeira. E nos balneários, o acesso às piscinas e o cais das piscinas são revestidos por pavimento secular, para que os utilizadores não escorreguem, para que seja seguro. Nas salas de fitness o piso é em linóleo.