quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Museu Salinas del Rio-Lanzarote 2009

Planta de Implantação



Planta


Cortes






Alçados























Professor: Michael Schanné

Memória Descritiva
Este projecto insere-se numa disciplina feita no âmbito do programa Erasmus em Münster na Alemanha.
A presente Memória Descritiva refere-se ao Museu Salinas em Lanzarote-Espanha.
Este Museu pretende museografar o trabalho de produção e exploração do sal.
O percurso nasceu com o intuito de ser o mais directo possível e de fazer parte do edifício.
Em relação ao Museu, o principal conceito foi que o edifício velho que lá existe se inserisse no novo e á medida que as pessoas fossem chegando ao terreno e ao edifício fossem descobrindo os espaços, as paisagens, as sensações, os sons.

Habitação Verde 2005

Planta Piso1



Planta Piso2



Corte



Alçados































Professor: Arquitecto Rui Seco


Memória Descritiva

Ao observar o terreno e a sua envolvente, senti-o como um desafio, não só pelo local onde se situa, pelas vistas sobre a cidade de Coimbra, como também pela sua inclinação.
A habitação adquiriu esta forma, para que a casa se “estenda” pelo terreno tornando-se parte dele. E ainda, desta forma, a casa será mais acolhedora e prática e conseguirá satisfazer todas as necessidades do rapaz.
Desta forma, conseguiu-se criar um espaço reservado e acolhedor, que é a zona da piscina.
A forma da habitação foi conseguida através do paralelismo com o muro existente no terreno e pelas curvas de nível numa determinada zona, onde nos sugerem uma paisagem diferente da cidade de Coimbra.
A casa foi projectada em dois pisos, o piso 0, tem como função principal, servir a piscina e também serve de espaço para a organização de festas e convívios dados pelo rapaz. Neste piso encontra-se uma sala com dimensões consideradas, uma garrafeira, um ginásio, um jardim interior e ainda uns sanitários. Este piso tem vista para a serra, por as curvas de nível neste local nos sugerirem esta vista. O acesso a este piso pode ser de duas formas, por um segundo portão que dá acesso à rua, ou pelo exterior do piso superior, ou seja, piso de entrada.
O piso 1, é um piso mais reservado, é a casa em si. Tem três espaços distintos, são eles, a zona privada, onde se situam 3 suites, o tratamento da roupa e uma saleta; a área dos serviços, ou seja, a cozinha com despensa e arrumos, um sanitário; e por fim o espaço de estar, onde se encontram duas salas, a de jantar e a de estar e ainda um escritório com biblioteca que é separado de ambas pela escada de entrada. Este piso, é paralelo ao muro e tem vista principalmente para a cidade (a zona dos quartos e o escritório), e também para a piscina (a área das salas).
O piso 1 está apoiado pelo piso zero, pelas escadas, e por pequenas paredes exteriores que servem de pilares.
E ainda, tem uma particularidade, junto as suites, um paralelepípedo (com dois lados de vidro) atravessa este piso de um lado ao outro, não só para a entrada de luz natural, mas também para criar espaços com mais qualidade.
Uma parte da habitação está assente no muro.
A entrada da habitação é feita por baixo do piso 1, do outro lado do muro, garantindo assim mais privacidade à casa.
A zona do escritório aponta para a cidade.
A casa transforma uma parte do terreno, num jardim reservado e acolhedor, onde se situa a piscina.
A habitação está organizada sobretudo para o interior, para os jardins, para que a habitação tenha uma relação sobretudo mais intima com as pessoas do que com o exterior. Por isso, as fachadas voltadas para o terreno vizinho, são mais contidas, ou seja, os vãos são raros, para garantir a privacidade do rapaz.
A casa possui alguns pátios, jardins interiores, dando a sensação que o terreno entra pela casa, como se fizesse parte dela.
Alguns dos factores que afectaram as opções tomadas, foram, o relevo como já referi, mas também o muro que se encontra no terreno, e a relação deste com a paisagem sobre a cidade de Coimbra e sobre a serra.
Em relação ao espaço exterior à casa, além de uma piscina, todo o terreno será jardinado, onde estarão flores e árvores predominantes da paisagem envolvente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Piscina Baixa - Coimbra 2007

Planta




Perfil



Corte


Alçado
















Professores: Arquitecto António Belém Lima
                   Arquitecto Miguel Correia
                   Arquitecto Carlos Figueiredo




Memória Descritiva
Ao visitar o terreno, apercebi-me de uma quantidade infinita de sons e movimentos, e é nesses momentos que o meu conceito se baseia. Captar, focar todos os momentos que fazem parte dos diferentes tipos de paisagens existentes no terreno e na envolvente.
O edifício que criei tem a forma de “T”.
Do lado do rio, encontra-se o Clube de canoagem, para que haja maior facilidade no acesso ao Rio Mondego, e para que foque o momento do Rio, os sons e os movimentos da água.
Do lado oposto, encontram-se os balneários e as salas, que captam uma paisagem muito ampla, onde os sons dos pássaros são tão importantes como o movimento das folhas e vice-versa.
E por fim no meio, situa-se a piscina, que visa focar a Universidade Vasco da Gama, pelo seu valor Histórico e pelo seu valor enquanto momento daquela paisagem.
No encontro do corpo dos balneários e das salas com o volume das piscinas forma-se um espaço privado que garante a qualidade dos dois espaços referidos anteriormente, criando um ponto de encontro de todos os tipos de momentos existentes, ou seja, deste espaço é visível todos os momentos da paisagem.
O percurso nasceu com o intuito de ser o mais directo possível, de fazer parte do edifício e de não se tornar muito monótono. Quando falo em monotonia, refiro-me ao facto de quando alguém chega a um espaço e consegue visualizar tudo de imediato, não era isto que pretendia, mas sim á medida que as pessoas fossem chegando ao terreno e ao edifício fossem descobrindo os espaços e as sensações. Fui mostrando e escondendo a paisagem.
O acesso ao equipamento é feito de carro ou a pé, sendo que de carro é apenas até ao estacionamento, á excepção de ambulâncias ou de bombeiros, que o podem fazer utilizando o caminho pedonal.
O Caminho pedonal rompe o edifício entre o volume das piscinas e o Clube de Canoagem.
O momento de entrada do edifício é sinalizado por fachadas desprovidas de vãos tendo a mesma textura.
Antes de chegar á entrada existe uma praça, com o motivo de provocar o convívio entre as pessoas, podendo ser utilizada para outras actividades assim como o espaço privado criado pelos dois volumes, como já referi anteriormente.
A entrada no edifício é feita por um átrio amplo, encontrando-se ao lado do bar. Ambos com visualização directa para a piscina, sendo que o bar tem ainda acesso visual ao clube de Canoagem e ao Rio Mondego.
Do lado esquerdo da entrada situa-se um corredor que permite o acesso, primeiro aos balneários e depois às salas de dança e fitness.
Para chegar às piscinas é obrigatório entrar nos balneários, pois, os balneários tem momentos que antecedem a vivência de um determinado espaço, neste caso as piscinas. Outra razão para este acontecimento é o facto de proporcionar um espaço isolado entre os balneários e as piscinas, um corredor. Um corredor ecoando os sons da água, os cheiros, as texturas e as cores características.
No que diz respeito às salas, o corredor torna-se mais largo para proporcionar momentos de convívio.
O espaço privado criado pelos dois volumes, permitem que no verão as pessoas vivam mais este espaço utilizando-o simultaneamente ás piscinas e às salas.
O clube de Canoagem é constituído por balneários, espaço para os barcos e um bar com vista para o Rio, para a Universidade Vasco da Gama e para o espaço dos barcos.
O Clube divide os seus espaços através de um corredor. De um lado o bar e do outro os balneários e o espaço para os barcos. Este corredor permite às pessoas que estão no bar da piscina terem acesso visual ao Rio. A fachada do bar do Clube que está virada para o bar das piscinas tem apenas um rasgo, por dois motivos. Primeiro para que as pessoas identificarem o bar e segundo para não desviar a atenção visual das pessoas do Rio.
E finalmente, a Ponte. O percurso pedonal culmina na ponte, simples e directa.
Em relação aos materiais, todo o edifício excepto o volume das piscinas, é feito em betão revestido por placas de ardósia verde. O volume das piscinas é feito em vidro, fixado e suportado por pilares de madeira em toda a volta. A cobertura é também em madeira.
No átrio, uma parte da administração, no corredor que nos conduz aos balneários e às salas, o piso é em ardósia verde. Os bares, a sala de dança e uma parte da administração o piso é em madeira. E nos balneários, o acesso às piscinas e o cais das piscinas são revestidos por pavimento secular, para que os utilizadores não escorreguem, para que seja seguro. Nas salas de fitness o piso é em linóleo.

Passivhaus - Habitação Sustentável - Alemanha 2008

Planta Cobertura



Planta







Corte A








Alçado Sul

Posição do Sol



























Professor: Hans Jürgen Reichardt


Memória Descritiva

Este projecto insere-se numa disciplina feita no âmbito do programa Erasmus em Münster na Alemanha.

O projecto em questão é uma Passivhaus unifamiliar, em Münster na Alemanha.
Antes de escolher o terreno, pensei nas características que teria que ter para ser perfeito para uma Passivhaus (habitação sustentável).
A principal característica era o facto de que não poderiam existir obstáculos entre a Passivhaus e a energia solar.

Desta forma, nenhum terreno seria melhor que a cobertura de um edifício. Além das condições de uma cobertura serem óptimas para uma Passivhaus, iria também requalificar um espaço esquecido.
Depois do terreno, comecei por estudar uma forma para a minha habitação, que se adequa-se ao terreno e que ao mesmo tempo contribui-se para a sua autonomia. E ainda, os espaços foram organizados de forma a que houvesse alguma facilidade de conservar o calor no interior.
Relativamente aos materiais, o acesso é em betão e toda a habitação é em madeira, sendo que, as casas de banho são revestidas por azulejo.
Assim sendo, na habitação são utilizados elementos pré-fabricados em madeira, o que diminui os custos e os resíduos no terreno.

Outra preocupação foi colocar a Passivhaus de costas para o norte com apenas um vão, a porta de entrada. Para resolver o problema dos ventos, na zona de chegada e na zona de entrada, foi projectado um muro.
Por outro lado, a casa é aberta para Sul e Oeste.
A cobertura foi projectada com a preocupação de resolver a entrada de energia solar dentro da habitação, a recolha de águas da chuva, e de energia solar através de painéis solares e fotovoltáicos. Mais tarde, a energia solar captada em excesso pelos painéis fotovoltáicos, será vendida a uma empresa de energia.
Assim, a cobertura funciona como um tanque onde são armazenadas as águas da chuva, para mais tarde serem utilizadas nas zonas de serviço da habitação e no jardim. Numa zona do interior da habitação foi criado um tecto falso, por onde passam cabos, canos, fios, que fazem parte da ventilação artificial, e da recolha de águas e de energia.

No centro, foi colocada uma plataforma, onde se encontram os painéis solares e fotovoltáicos.
A cobertura é longa, para proteger a habitação de uma entrada excessiva de energia através das fachadas no Verão, pois o sol atinge o ponto mais alto nesta época do ano. E no Inverno, o facto de ser longa não impede a energia de entrar para o interior, pois no Inverno a radiação solar encontra-se baixa.
A ventilação é natural e artificial.
A ventilação natural é garantida pela existência de vãos em todos os compartimentos, excepto em dois, numa das casas de banho e na zona das máquinas.
A ventilação artificial é feita através de ar condicionado, para que haja uma renovação de ar no interior, sem ser necessário abrir janelas, o que faria com que existissem perdas de calor no interior.
As janelas são de vidro triplo.
A Iluminação natural é feita através das fachadas envidraçadas.
E finalmente, no interior da Passivhaus, as paredes são revestidas com painéis de madeira, que ajudam na resolução de problemas acústicos e térmicos.
No interior das paredes exteriores, encontram-se 48 centímetros de isolamento natural, lã de ovelha, é um isolamento térmico e acústico.
Não foram colocadas “layers” em todas as paredes interiores, apenas nas necessárias

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Prova Final de Curso (Museu da Ria - Aveiro) 2010



Planta Implantação




Perfil A



Planta piso 1



Cortes












Alçado Sul


Alçado Poente










Orientador | Tutor: Arquitecto António Belém Lima

Memória Descritiva

A presente Memória Descritiva refere-se ao Projecto de ARQUITECTURA para o MUSEU DA RIA | AVEIRO, trabalho componente da Prova Final do Mestrado Integrado de Arquitectura | EUAC.


No Museu da Ria pretende-se museografar o trabalho de produção e exploração do sal e as actividades do Moliceiro, que foram relevantes no carácter e economia de Aveiro e região.
O Museu localiza-se nos terrenos da antiga Lota de Aveiro (agora desactivada), na Marinha da Troncalhada. Estes terrenos foram integrados no programa Polis Aveiro, para o qual o CEFA (Centro de Estudos da FAUP) elaborou um estudo de recuperação urbana.
Tomando o enquadramento do Polis, propus a implantação do Museu da Ria sobre o espaço previsto para a Estação Fluvial (antigo edifício da Lota) explorando a proximidade física das salinas em funcionamento (Marinha da Troncalhada) na margem contrária do Canal das Pirâmides e ainda da proximidade imediata com a Ria de Aveiro.


O terreno escolhido está localizado numa zona sensível, patente no enquadramento e nas plantas disponíveis na Câmara Municipal, onde se constata que o terreno para o Museu da Ria não faz parte da Reserva Ecológica Nacional, assim como não é um terreno com condicionantes. Pude verificar ainda que o terreno em questão, está inserido numa zona prevista para equipamentos.
O Museu da Ria tomará como conteúdos:
. o trabalho do sal, expondo os instrumentos (pás, ancinhos, canastras, etc.), vestuário, documentos, montículos, testemunhos, Mercantel, fotografias e outros.
. os Moliceiros e instrumentos da apanha do moliço (ancinho de arrastar, ancinho de apanhar, engaços, padiola, etc.), que são instrumentos decisivos na manutenção da Ria, no cultivo agrícola e como infra-estrutura económica.
. oficina de restauro/decoração de moliceiros, como actividade educativa do Museu.


A Marinha da Troncalhada foi adquirida pela Câmara Municipal de Aveiro em 1995, e está em funcionamento, para fins educativos e para que o processo do Sal não fique apenas na memória. Neste momento na Marinha da Troncalhada existe um Ecomuseu pequeno.
A única barreira entre o terreno escolhido e a Marinha é o Canal das Pirâmides, onde passam inúmeras vezes por dia, Moliceiros, Mercantéis e outros barcos, hoje com cariz turístico.
Assim, simultaneamente, o Museu da Ria insere-se na política-Polis, de requalificação/reutilização de zonas degradadas e de iminente valor paisagístico.


O Museu implantar-se-á paralelo á Ria, afirmando uma horizontalidade dominante, onde se evidenciam dois volumes-pirâmides fazendo alusão aos montes de sal. Esta imagem inequívoca, é reforçada pelo revestimento exterior em pedra cor preta. Vinca-se assim um contraste desejável com a envolvente dominada pelo branco das salinas, e associa-se-lhe um valor de monumentalidade.


A acessibilidade fácil desde o IP5/A25, que se desdobra nas entradas pela Marinha da Troncalhada e pelo Canal de São Roque, associada a infra-estruturas para acolher um grande número de veículos, transformarão decisivamente esta periferia da cidade. O Museu da Ria fica assim em pleno subúrbio salino, mas extremamente perto da cidade. A sua relevância como equipamento, ajudará a consolidar um pólo urbano especial.


A entrada de público não se encontra de frente para a alameda projectada pelo CEFA, mas sim lateralmente, usando a fachada que estará sempre em destaque desde os percursos de acessibilidade ao sítio. O pátio Sul foi assim pensado como ponto de encontro, convívio, actividades, jogos, e muitas outras possibilidades que sublinham a sua visibilidade.


O programa do Museu da Ria organiza-se em três grandes áreas:
. zona de acesso público : o auditório, a sala de exposição permanente, a sala de exposição temporária, a sala de exposições exterior, o foyer, a recepção/loja, a cafetaria.
. zona administração : sala do director, sala de reuniões, secretaria, sala dos funcionários.
. zona de serviços museográficos : sala preparação de exposições, oficina de restauro, sala de documentos, acervo de objectos, sala de recepção de peças e área técnica.


A sala de exposições exterior, é ao mesmo tempo uma área de exposição temporária. Expõe-se no exterior, durante um período de tempo, certos objectos relacionados com a exposição permanente ou com a exposição temporária, como por exemplo, um montículo de sal, uma escultura, etc.
Os percursos do público, iniciam-se e terminam sempre no balcão-atendimento-loja, nas imediações do bar e esplanada sobre a Ria. Os percursos de serviço, são independentes dos do público e iniciam-se e terminam na zona exterior de cargas-descargas. A acessibilidade de pessoas com dificuldades de mobilidade motivou o desenvolvimento do programa em apenas um piso.


A luz é muito importante nos Museus. Na Sala de Exposição Permanente a entrada de luz natural é feita através de clarabóias-lanterins individualizados viradas a norte. Na Sala de Restauro usam-se claraboias-norte de grande extensão, o que permite uma iluminação uniforme e intensa em zonas de trabalho minucioso.
Em todos os outros espaços, a iluminação natural acontece através de janelas, excepto nos espaços que não podem receber luz, como o Acervo, como a Sala de Documentos, como a Sala de Recepção de peças.


As fundações serão feitas por estacas, devido ao tipo de terreno.
O sistema estrutural genérico será em Betão branco, permanecendo como acabamento à vista no interior. Constitui-se assim simultaneamente o carácter das salas de exposição, como fundo neutro e luminoso.


Os espaços em zona de serviços museográficos, possuem paredes interiores de tijolo, para revestir a gesso projectado.
A cobertura será em zinco, no sistema camarinha, com excepção das faces das pirâmides que se revestem em pedra cor preta, como as fachadas exteriores.
Os pavimentos interiores: Sala de Exposição Permanente, Sala de Exposição Temporária, Auditório e salas de administração, são em soalho de madeira.
Foyer, Recepção/Loja, Sala exposição exterior e cafetaria, o pavimento é em ardósia preta.
Instalações sanitárias, cozinha e zona de serviços museográficos, o pavimento será em mosaico grés.
Todos os tectos interiores são suspensos em gesso cartonado. Nas salas de exposição, bar-recepão e auditório estes tectos serão acústicos absorventes.